aldeões

Aldeões - nome escolhido para o meu Blog, pois o objectivo deste espaço é colocá-lo à disposição dos meus aldeões- alunos da EB1 da Aldeia de Santo André. Pretendo que aprendam a utilizar esta ferramenta e dela tirarem vantagens: compatilhando trabalhos; construíndo e consolidando os seus conhecimentos, através de uma aprendizagem activa e colaborativa.

2009-02-25

VIVA O CARNAVAL!





Na nossa escola brincámos ao Carnaval. Foi divertido!

(os aldeões)

2009-02-17

É CARNAVAL!!!




Segundo a definição genérica, o Carnaval é uma festa popular colectiva, que foi transmitida oralmente através dos séculos, como herança das festas pagãs realizadas em Dezembro (Saturnais - em honra a deus Saturno na mitologia grega) e em Fevereiro (Lupercais - em honra a Deus Pã, na Roma Antiga). Na verdade, não se sabe ao certo qual a origem do Carnaval, assim como a origem do nome, que continua sendo polêmica.

Alguns estudiosos afirmam que a comemoração do Carnaval tem suas raízes em alguma festa primitiva, realizada em honra do ressurgimento da Primavera. De facto, em certos rituais agrários da Antigüidade, 10 mil anos A.C., homens e mulheres pintavam seus rostos e corpos, deixando-se enlevar pela dança, pela festa e pela embriaguez.

Outros autores acreditam que o Carnaval se tenha iniciado nas alegres festas do Egito. É bem verdade que os egípcios festejavam o culto a Ísis há 2000 anos A.C.

No início da Era Cristã, a igreja deu nova orientação a essas festividades, punindo severamente os abusos. Entretanto, se o Catolicismo não adotou o Carnaval, suportou-o com certa tolerância, já que a fixação do período gira em torno de datas predeterminadas pela própria igreja. Tudo indica que foi nesse período que se deu a anexação ao calendário religioso, pois o Carnaval antecede a Quaresma. É uma festa de características pagãs que termina em penitência, na dor de quarta-feira de Cinzas.

Originariamente os cristãos começavam as comemorações do Carnaval em 25 de Dezembro, compreendendo os festejos do Natal, do Ano Novo e de Reis, onde predominavam jogos e disfarces. Na Gália, tantos foram os excessos que Roma o proibiu por muito tempo. O papa Paulo II, no século XV, foi um dos mais tolerantes, permitindo que se realizassem comemorações na Via Lata, rua próxima ao seu palácio. Já no Carnaval romano, viam-se corridas de cavalo, desfiles de carros alegóricos, brigas de confetes, corridas de corcundas, lançamentos de ovos e outros divertimentos.

O baile de máscaras, introduzido pelo papa Paulo II, adquiriu força nos séculos XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos VI. Ironicamente, esse rei foi assassinado numa dessas festas fantasiado de urso. As máscaras também eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como instrumento de sedução.

Em França, o Carnaval resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre 1830 e 1850.

Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o Carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século XX.
Há que se registrar, entretanto, que as tradições momescas ainda se mantêm vivas em algumas cidades europeias, como Nice, Veneza e Munique.
(os aldeões)

2009-02-16

PROJECTO QUINTA DE EDUCAÇÃO E AMBIENTE








Hoje, dia 16 de Fevereiro de 2009, voltámos ao Monte do Paio para a terceira Aula de Campo, deste ano lectivo.
Encontrámo-nos com os nossos colegas, os alunos do professor Paulo Ribeiro, da EB1 de Santiago do Cacém.
No Monte do Paio, à nossa espera, estavam a Carla e a Daniela.
Realizámos actividades muito interessantes: Percurso Pedestre com Pedipaper (estávamos organizados em 4 grupos, com os respectivos crachás. No percurso tivemos de encontrar as diferentes pistas e responder às respectivas questões sobre o que observámos na Reserva da Lagoa de Santo André. Usámos os binóculos para observar as aves na Lagoa). Depois do almoço, chegou a Arantxa e trabalhou connosco a "Dança da Água" (ouvimos músicas e ao mesmo tempo realizámos um conjunto de jogos de expressão corporal, baseados na História – “a Menina Gotinha de Água”, de Papiniano Carlos. Também efectuámos um Jogo sobre as Regras de Conduta na Natureza.
Esteve um dia com muito sol e um céu muito azul.

(os aldeões)

2009-02-15

TECENDO LEITURAS

A festa de Carnaval
— Porque é que estás a chorar, Susi? — pergunta Jacob.
— Porque a Catarina foi horrível para mim — soluça Susi.
A coroazinha de papel dourado que tem na cabeça está torta. O rímel escorreu-lhe das pestanas para a cara, e os olhos estão vermelhos de chorar.
Jacob tem vontade de dizer: “Tu às vezes também és má para a Catarina.” Mas pensa melhor e pergunta.
— Mas o que é que a Cati te fez?
— Riu-se de mim — choraminga Susi — e disse: “Isso é que é um vestido de princesa? Mais parece uma camisa de dormir melhorzinha!”
Jacob olha para o vestido de Susi. É comprido e branco, não muito largo, e enfeitado com rosas de papel de seda.
Catarina também está disfarçada de princesa. Tem uma saia de roda com muitos folhos na cintura. “Catarina parece mais uma princesa do que a Susi”, pensa Jacob.
— Tu também achas que isto é uma camisa de dormir, não é? — diz Susi com ar triste.
— De camisas de dormir eu não percebo muito — responde Jacob. — Mas podias ser a princesa de “A princesa e a ervilha”. Assim combina tudo: a camisa de dormir e a coroa.
Susi pára de chorar.
— Tu és muito simpático, Jacob, mas a Catarina é má e eu não entendo como é que ela é tua amiga.
— Convido-te para um sorvete de laranja — diz Jacob — e danço contigo. Mas tens de prometer-me que deixas de estar zangada com a Catarina. Ela não estava a falar a sério. Se calhar, tinha um pouquinho de inveja de ti porque tu hoje podes usar rímel e ela não.
— Se calhar é por isso — diz Susi, limpando o rímel da cara.
— Mas agora já estás outra vez bonita — diz Jacob.
Na pista de dança encontram-se com Catarina.
— Olá, Catarina! — diz Susi amavelmente.

(Tradução e adaptação
Lene Mayer-Skumanz (org.)
Jakob und KatharinaWien,
Herder Verlag, 1986)


2009-02-12

JÁ PENSASTE QUE...



Já alguma vez pensaste
que é bom ter olhos
para ver o mundo
e ouvidos
para ouvir os outros
e boca

para dizer tudo aquilo
que dizemos
e pernas para nos levar
onde somos precisos
e mãos
para ajudar os que delas precisam
e braços para estreitar os outros

num abraço
e ombros para que alguém neles

recline a cabeça fatigada
e cérebro

para pensar em ajudar os outros
e coração para sentir as coisas

que nem sempre compreendemos
imediatamente
Já alguma vez pensaste

como tudo isto é maravilhoso?


(Leif Kristianso

Já pensaste que…

Lisboa, Editorial Presença, 1981)